domingo, 30 de maio de 2010

Lost without LOST


Depois de 6 anos acompanhando a louca vida/morte de cada personagem do seriado "Lost", me sinto perdida com o fim da saga, que ainda deixou muitos mistérios, que tomam conta das discussões entre os fãs. E cada um que interprete da maneira que quiser! Isso não é demais?

Na minha geração nunca me senti tão envolvida e entretida com uma história como a de "Lost". Cada personagem com seu passado cheio de problemas, como qualquer um de nós, e com o presente cheio de provações, tendo a oportunidade de rever conceitos, experimentar sentimentos nunca antes conhecidos, de ternura ou raiva, de liberdade e de aprisionamento.

Kate, a fugitiva que encontrou acolhimento, e que acolhimento!! Principalmente de Jack e Sawyer. E que, apesar de ter se tornado uma criminosa em condições quase que justificáveis, tem um coração terno e amoroso com o grupo.

O sofrido Dr. Jack que se vê responsável por cuidar de toda aquela gente, até o final!

Locke, o cadeirante que se vê livre de sua deficiência física, mas que luta para perdoar e ser perdoado pelos acontecimentos no seu passado.

Sawyer, que se torna figura importante com sua espontaneidade e tiradas de bom humor. Seu carisma e sotaque do interior o tornaram um dos personagens mais queridos.

Hurley, o sempre bem-humorado e descolado da turma, fiel também até o final. Fala com os mortos e sempre traz esperança aos vivos. É o mais querido! O mais fofo, mais engraçado e de bondade além do normal.

Sayid, o torturador que por dentro é um romântico e que dá sua vida pela dos amigos.

Charlie, o adorável ex-drogado e membro de um grupo de rock, que encontra em Clair, a lourinha frágil e independente, o grande amor de sua vida. Numa atitude admirável, arrisca sua vida para salvar todas as demais, inclusive do seu "filho" Aaron, que na verdade é filho de Clair, mas é imediatamente incorporado à sua vida ao nascer.

Jin e Sun, com seu difícil passado, e com seus intermináveis desencontros, que terminam juntos, mesmo que de maneira trágica, mas sublime.

Julliete, a dedicada cientista que tomou conta do coração de Sawyer, e que também sacrificou-se e acabou acidentando-se pelo bem dos demais.

Desmond, um bem sucedido rapaz, que tem tudo que quer, mas tem também um vazio, até conhecer Penny.

Benjamin Linus, que tornou-se vilão pelas circunstâncias, mas que chega a emocionar no final da série.

Provas e mais provas de amor, de trabalho em equipe, de superações sempre no limite das situações, fizeram dessa história um apaixonante vício semanal para quem acompanhou temporada a temporada o desenrolar de cada trecho e da vida de cada personagem.

E no dia final, no encontro para seguirem juntos para o além, nunca me esquecerei de cada olhar, cada expressão facial, cada abraço e gesto que trocaram. Um final tocante e digno de um roteiro tão bem escrito, que emocionou tanta gente, fez chorar, fez rir e acrescentou e muito à alma de cada um.

Difícil será continuar sem eles!! Vão deixar muitas saudades.




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